segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Conheça a depilação que usa a luz para “queimar” os pelos


Método é mais barato que o laser e dói menos; veja se você pode fazer e avalie
Foto: Divulgação   Legenda: Fotodepilação promete eliminar os pelos sem dor para você curtir o verão
Foto: Divulgação Legenda: Fotodepilação promete eliminar os pelos sem dor para você curtir o verão
A três meses do início do verão, a fotodepilação é uma das grandes apostas do setor da beleza nesta temporada. As atrações parecem ir ao encontro com o sonho de quem vive a base de ceras e giletes, mas não tem grana ou coragem para enfrentar o laser.

Além de custar bem menos que o método tradicional – os valores giram em torno de R$ 55 a R$ 70 a sessão por área – a novidade é praticamente indolor e promete aposentar de vez a depilação tradicional. Ficou interessada? Bom, a gente também. Mas atenção: não é pra todo mundo e tem os seus prós e contras como todo o tratamento de beleza.

A base da fotodepilação está nos aparelhos de luz pulsada que promovem o enfraquecimento dos pelos ao longo das aplicações. Ou seja, o pelo não morre, apenas fica mais fraco, o que prolonga o efeito da "pele lisinha", segundo Roberta Almeida, gerente de marketing da D´pil.

- Na primeira sessão a pessoa pode sair ainda com pelos, já que a luz não é focada para uma região somente, como é no caso do laser. O pelo fica com um aspecto de queimado, mais fraco, o que pode fazer que logo depois da primeira sessão ele demore mais para nascer.

Como o método é mais suave que o laser, as clínicas de estética podem operar as máquinas somente com esteticistas. No entanto, dermatologistas ouvidos pelos R7 afirmam que a avaliação médica antes de iniciar o tratamento, mesmo a sessão teste, é fundamental.

Segundo a dermatologista Dr. Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira do Laser, o médico é a pessoa mais indicada para avaliar a pele do paciente para definir o grau de energia a ser utilizada na sessão.

- É necessária a avaliação para evitar queimaduras, no caso de uma luz muito intensa sobre um pele sensível. O risco de queimaduras de terceiro grau é muito grande e, em alguns casos, o paciente pode nunca mais ter de volta a cor da pele original.

Avaliação médica

A reportagem entrou em contato com cinco clínicas de fotodepilação e verificou que a avaliação dermatológica é feita por profissionais contratados das clínicas (fisioterapeutas e esteticistas) e que, na maioria das vezes, um médico supervisiona toda a rede.

Segundo Vinicius Ramos, master associado da franquia Não+Pêlo no Estado de São Paulo, antes de comprar o tratamento, o paciente faz uma sessão teste e responde um questionário sobre o seu estado de saúde (se já passou por cirurgia, se tem tatuagem, ou está grávida, por exemplo). De dentro de 48 horas o cliente não tiver nenhuma alergia, ele está apto a fazer o tratamento.

- A sessão teste é realizada para saber se ela vai ter alguma reação alérgica ao tratamento. As máquinas são operadas somente por profissionais que passaram por um treinamento, a fim de evitar problemas em relação ao manuseio.

Assim como o laser, negros e pessoas que utilizem qualquer medicação fotossensibilizante, como o roacutan (usado do tratamento da acne), não podem aderir ao tratamento. Quem tem tatuagem na região onde deseja depilar também deve estar ciente que as luzes são contra-indicadas, já que podem interferir no traço do desenho.

A região do rosto, em especial, buço e barba, são as preferidas dos consumidores, segundo Vinicius. O tratamento costuma ser mais eficaz, já que a região possui uma grande concentração de pelos que constrastam melhor com a pelo do que no restante do corpo. Quem tem apenas uma penugem (aqueles pelos fininhos) precisa fazer mais sessões, uma vez que o aparelho não consegue identificar facilmente o pelo.

Como é feito

No dia do tratamento é recomendado que o cliente depile a região com gilete e não use creme, desodorante ou óleos. Não pode ter tomado sol nem usar roupas muito justas que machuquem a pele. Em algumas clínicas, é usado gelo na região a ser depilada a fim de diminuir o impacto da luz sobre a pele.

O equipamento da LIP (Luz Intensa Pulsada) é ligado por aproximadamente 15 minutos na região em que se deseja depilar e, nesse período, a luz pega exatamente a região onde é formado o pelo. Quanto mais escuro, mais rápida é a resposta, segundo a dermatologista Dr. Carla Bortoloto, do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele. O número de sessões, no entanto, é determinado conforme a pele e o tom do pelo de cada paciente.

Em média, a região do rosto costuma dar uma resposta entre três a quatro sessões, o que representa quatro meses de tratamento sem praia. Isso mesmo. Durante o tratamento tomar sol na região é um veneno para a pele, mesmo com protetor solar. (Fonte: R7)

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