Ato é prova da força em meio a pausa nas negociações com o governo. Estudantes exigem gratuidade do ensino público no país.
Milhares de estudantes voltaram a protestar nesta quinta-feira (22) em Santiago por melhorias na educação pública, e confrontos foram registrados com a polícia chilena. A manifestação desta quinta reuniu cerca de 150 mil pessoas, de acordo com os organizadores, superando a escassa participação registrada em protestos da semana passada.
A marcha foi majoritariamente pacífica, mas no final do ato um grupo de encapuzados lançou paus e pedras contra a polícia nos arredores do Parque Almagro, no centro de Santiago, onde os agentes policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersá-los.
Alguns manifestantes incendiaram também barricadas com madeira e outros objetos roubados anteriormente de uma construção próxima.
Os confrontos ocorreram quando a maioria dos participantes já se retirava da região estabelecida como o destino da marcha, realizada em meio a atividades culturais com música e discursos de líderes estudantis.
Confrontos semelhantes foram registrados em outras manifestações convocadas pelos estudantes, que há quatro meses exigem educação pública gratuita e de qualidade em um país.
Convocados pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), os manifestantes se encontraram fora da Universidade de Santiago, no oeste da cidade, para avançar pela Alameda até o Palácio presidencial La Moneda. "É uma passeata massiva que vai além de nossas expectativas", disse o líder estudantil Giorgio Jackson, que lidera uma das colunas de manifestantes.
A convocação desta quinta-feira é uma prova da força contra o governo, e se parece com os maiores protestos convocados pelos estudantes entre junho e julho.
O ato foi convocado no momento em que o diálogo entre os estudantes e o governo está parado, depois que o poder Executivo rejeitou quatro condições exigidas pelo movimento estudantil para abrir uma mesa de negociações que resolvesse o conflito. "Calamos a boca desse governo. Temos esse parque cheio, cheio de convicção e alegria", afirmou no ato de fechamento o líder estudantil Camilo Ballesteros.
"Um protesto a mais ou a menos, maior ou menor, não vai mudar o tema e a preocupação fundamental do governo, que é continuar insistindo na necessidade de uma mesa de diálogo", afirmou o porta-voz do Executivo, Andrés Chadwick.
O governo "se dispôs a realizar reforma, com os mais altos recursos, para aumentar a cobertura às crianças, para que a intervenção na educação chegue a tempo e, adicionalmente, melhorar o financiamento em todos os níveis da educação", afirmou o presidente Sebastián Piñera em Nova York, ao discursar na Assembleia Geral da ONU.
Ao longo do ano, de acordo com o governo, os estudantes chilenos realizaram 35 marchas em Santiago exigindo o fortalecimento da educação pública, em um país que conta com um dos sistemas educativos mais segregados do mundo, produto das reformas liberais impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). (G1).
A marcha foi majoritariamente pacífica, mas no final do ato um grupo de encapuzados lançou paus e pedras contra a polícia nos arredores do Parque Almagro, no centro de Santiago, onde os agentes policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersá-los.
Alguns manifestantes incendiaram também barricadas com madeira e outros objetos roubados anteriormente de uma construção próxima.
Os confrontos ocorreram quando a maioria dos participantes já se retirava da região estabelecida como o destino da marcha, realizada em meio a atividades culturais com música e discursos de líderes estudantis.
Confrontos semelhantes foram registrados em outras manifestações convocadas pelos estudantes, que há quatro meses exigem educação pública gratuita e de qualidade em um país.
Convocados pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), os manifestantes se encontraram fora da Universidade de Santiago, no oeste da cidade, para avançar pela Alameda até o Palácio presidencial La Moneda. "É uma passeata massiva que vai além de nossas expectativas", disse o líder estudantil Giorgio Jackson, que lidera uma das colunas de manifestantes.
A convocação desta quinta-feira é uma prova da força contra o governo, e se parece com os maiores protestos convocados pelos estudantes entre junho e julho.
O ato foi convocado no momento em que o diálogo entre os estudantes e o governo está parado, depois que o poder Executivo rejeitou quatro condições exigidas pelo movimento estudantil para abrir uma mesa de negociações que resolvesse o conflito. "Calamos a boca desse governo. Temos esse parque cheio, cheio de convicção e alegria", afirmou no ato de fechamento o líder estudantil Camilo Ballesteros.
"Um protesto a mais ou a menos, maior ou menor, não vai mudar o tema e a preocupação fundamental do governo, que é continuar insistindo na necessidade de uma mesa de diálogo", afirmou o porta-voz do Executivo, Andrés Chadwick.
O governo "se dispôs a realizar reforma, com os mais altos recursos, para aumentar a cobertura às crianças, para que a intervenção na educação chegue a tempo e, adicionalmente, melhorar o financiamento em todos os níveis da educação", afirmou o presidente Sebastián Piñera em Nova York, ao discursar na Assembleia Geral da ONU.
Ao longo do ano, de acordo com o governo, os estudantes chilenos realizaram 35 marchas em Santiago exigindo o fortalecimento da educação pública, em um país que conta com um dos sistemas educativos mais segregados do mundo, produto das reformas liberais impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). (G1).
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