Professora baleada tem que 'ficar forte', diz coordenadora de escola

 

 

Internada em São Paulo desde quinta-feira (22), quando foi baleada na região abdominal por um aluno de 10 anos no ABC, a professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, recebeu neste sábado (24) a visita da diretora e da coordenadora da escola onde trabalha, em São Caetano do Sul. Foi dentro da sala que ela levou o tiro do garoto, que se matou em seguida. A docente ainda não sabe da morte da criança.
Para a coordenadora da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, Meire Bernadete Cunha, é preciso que Rosileide esteja preparada para saber de toda a verdade. “Até que ela se restabeleça, fique emocionalmente mais forte”, completou Meire, que chegou ao Hospital das Clínicas, na Zona Oeste de São Paulo, pouco antes de 15h30 para ver a colega de trabalho. Ela estava acompanhada da diretora da escola, Márcia Gallo.

 

 

Meire disse acreditar que Rosileide saberá sobre a morte de Davi Mota Nogueira pelos familiares. “Acho que vai ficar para a família contar. Ela disse que não viu o que aconteceu. É um choque, uma tragédia. Todos nós estamos assustados.” De acordo com o funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa, namorado da professora, a paciente só sabe que Davi atirou contra ela e demonstrou surpresa com isso. Desde o início do caso, funcionários da escola e amigos do estudante contam que ele era tranquilo e não tinha histórico de problemas.
“Ela está se recuperando muito bem”, afirmou Márcia, acrescentando que na visita não tocaram no assunto sobre o que ocorreu dentro da classe. Quando foi baleada, a professora dava aula para 25 crianças que tinham acabado de voltar do intervalo, por volta de 16h de quinta. “Não conversamos sobre o incidente.”O menino estava no 4º ano do ensino fundamental e estudava na escola desde 2008. Ele fez os disparos com uma arma particular do pai, que é guarda-civil municipal.
 

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