quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tireóide, um risco silencioso


Problemas na glândula tireóide atingem 10 milhões de brasileiros que sofrem com metabolismo acelerado ou lento demais
Quem diria que uma pequena glândula em forma de borboleta, com apenas 12 g e localizada na base do pescoço, controla todo o metabolismo do organismo! Isso porque a tireóide produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina). Quando desregulados, podem causar hipotireoidismo ou hipertireoidismo juntas, essas doenças afetam 10 milhões de brasileiros! Saiba como cada uma delas age, seus sintomas e tratamentos.

Hipotireoidismo 

A baixa produção de T3 e T4 é responsável pela lentidão do metabolismo

Causas 
  • . Tireoidite de Hashimoto ou auto-imune: o corpo produz anticorpos que destroem a própria tireóide. Em geral, as vítimas são mulheres com mais de 30 anos.
  • . Congênita: o bebê nasce com ausência parcial ou total da glândula. O problema deve ser identificado no teste do pezinho. Se não for diagnosticado a tempo, pode causar retardo mental.
  • . Carência de iodo: causa mais comum em pessoas que moram em regiões distantes do mar, pois a substância está presente, principalmente, nos frutos do mar, além do sal. Carne e verduras também têm iodo, mas em concentração menor.
  • . Cirúrgica: retirada da tireóide por causa de algum tumor ou câncer.

Sintomas 
Queda da temperatura corporal, ganho de peso, falta de atenção, apatia, inchaço, intestino preso, desânimo, queda de cabelos e aumento do fluxo menstrual.

Tratamento 
A maioria dos casos não têm cura. O controle é feito com reposição hormonal do T4, o paciente tem de tomar um comprimido diário, em jejum, durante toda a vida. Sem os cuidados necessários, o agravamento da doença pode levar à morte.

Hipertireoidismo 

O excesso de hormônios produzidos acelera o funcionamento do organismo.

Causas 
  • . Doença de Graves ou auto-imune: o sistema desenvolve anticorpos capazes de aumentar a produção hormonal. Como na Tireoidite de Hashimoto, as principais vítimas também são mulheres acima dos 30 anos. Além de provocar inchaço na glândula, os olhos ficam saltados.
  • . Bócio autônomo: volume maior na região do pescoço, porém sem alterações no aspecto dos olhos.
  • . Diversas: tumores, inflamações ocasionadas por alguma infecção viral e ingestão excessiva de iodo.

Sintomas 
Transpiração excessiva, pele quente, perda de apetite, emagrecimento, agitação, ansiedade, queda de cabelos, cãibras musculares, diminuição do fluxo menstrual, intestino solto e taquicardia.

Tratamento 
Ingestão de comprimido antitiroidiano por cerca de um ano. O medicamento interrompe a geração excessiva dos hormônios. Embora rara, pode ser necessária a aplicação de iodo radioativo para destruir parte da tireóide, ou cirurgia.

Quando o caso é mais grave: câncer de tireóide 

Os nódulos, normalmente, são benignos e, quando necessário, uma cirurgia pode retirá-los e dar fim à preocupação. Se forem malignos, a glândula deve ser extirpada por completo. Nessas situações, o paciente precisa fazer reposição hormonal por meio de medicamentos. A incidência de câncer é maior em homens.

Auto-exame 

Para detectar a presença de nódulos, coloque as pontas dos dedos na horizontal na base do pescoço e tome pequenos goles de água. Durante o movimento, se sentir algum caroço, procure um endocrinologista. A avaliação também pode ser feita diante do espelho para facilitar o diagnóstico. 

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