Erenildes Araújo, uma das participantes de um dos casos mais inusitados da cidade de Pindobaçu (BA), disse que pode devolver o dinheiro que ganhou ao forjar sua morte com ketchup para a pessoa que teria pagado um pistoleiro para assassiná-la. O dinheiro só será devolvido, no entanto, com algumas condições: ele somente será dado ao juiz, e caso ele determine que isso seja feito.
O caso veio à tona após a polícia descobrir que um homem forjou a morte de Erenildes, que éconhecida como Lupita na cidade. De acordo com a polícia, a investigação começou depois que a suposta mandante do crime – também “melhor” amiga de Lupita - procurou a delegacia para contar que um homem havia roubado dinheiro dela.
A partir daí, os policiais fizeram buscas pelo suspeito e, assim que o encontraram, descobriram que o sujeito tinha sido contratado pela suposta vítima de roubo para assassinar uma pessoa. No entanto, o criminoso, que era amigo de infância de Lupita, se emocionou a reencontrá-la e fez um acordo com ela, em vez de cometer o crime: ambos forjaram a morte dela com ketchup, no terreno atrás da casa de Lupita, e enviaram fotos do suposto cadáver para a mandante do crime.
Em depoimento, Erenildes afirmou que a suspeita chegou a fazer a proposta do crime para vários rapazes da cidade. Ela contou que há algum tempo a mulher teve um relacionamento com o seu atual marido, que ainda não foi ouvido pela polícia.
De acordo com os agentes, a suspeita de ser a mandante do crime disse que encomendou o assassinato por causa de ciúmes.
De acordo com os agentes, a suspeita de ser a mandante do crime disse que encomendou o assassinato por causa de ciúmes.
Dinheiro omitido
O delegado Marconi Lima, que investiga o caso, informou que o ex-presidiário teria recebido a proposta de cometer o crime em troca de R$ 1.000. Deste montante, Lupita recebeu R$ 240. A “vítima” conta, no entanto, que o pistoleiro a enganou, dizendo havia ganhado apenas R$ 500.
A farsa foi descoberta após a mandante do crime encontrar Erenildes em uma festa na cidade aos beijos com o suposto assassino. A suspeita foi então a polícia relatar que havia sido roubada. No entanto, os agentes desconfiaram da versão contada e descobriram o esquema.
Segundo Marconi Lima, ninguém está preso porque não houve flagrante, mas os quatro – incluindo o marido de Lupita - estão sendo investigados. Lupita e suposto assassino respondem na Justiça por estelionato e a mandante do crime por ameaça e comunicação de crime falso.Em entrevista, o pai do suposto pistoleiro disse que o filho está em São Paulo e que tem vergonha dele.
Trancada
Moradores da região contam que, após o caso ser divulgado pela mídia, a suposta mandante do crime teria se “isolado” do resto do mundo e se trancado dentro em casa.
Quem passa pelo local, encontra as portas trancadas e as janelas fechadas com cortinas puxadas, mas os vizinhos garantem que ela está lá.
Música
O inusitado caso ficou tão conhecido na região que passou a ser considerado comédia na região. Erenildes, que agora quer ser vereadora, agora é conhecida na região como “mulher-ketchup”.
A coisa ganhou tamanha proporção, que tem direito até à uma música. Com os versos “Lupita Ketchup, peço que não assuste”, a população de Pindobaçu não deve esquecer o caso tão cedo.
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